A história de Padilha Sete Saias, ou apenas Maria Padilha.


A história de Padilha Sete Saias, ou apenas Maria Padilha, está profundamente enraizada no folclore e nas tradições religiosas do Brasil, especialmente nas vertentes afro-brasileiras como a Umbanda e o Candomblé. Ela é uma figura mítica associada à Pombagira, uma entidade feminina poderosa e sensual que atua no campo espiritual, especialmente na linha da esquerda, lidando com questões relacionadas ao amor, desejo e prosperidade.

Origem Mítica

Maria Padilha teria sido uma mulher poderosa e influente na vida real, muitas vezes associada a figuras históricas ou lendárias. A mais famosa versão a associa a uma mulher do século XIV, amante do rei Pedro I de Castela (1334-1369). Segundo esta narrativa, Padilha teria sido uma mulher de grande beleza e influência, amante do rei e que usava sua posição para influenciar decisões políticas. Diz-se que ela utilizava de magia para conquistar o amor do monarca e obter poder.

Com o tempo, sua imagem foi mistificada, sendo associada às mulheres que desafiavam as normas sociais e que detinham um poder que não era apenas político, mas também espiritual. Assim, Maria Padilha tornou-se uma referência de mulher que toma as rédeas da própria vida e não se curva às convenções sociais.

Maria Padilha na Umbanda e no Candomblé

No contexto das religiões afro-brasileiras, Maria Padilha é uma das formas de Pombagira, que são entidades femininas associadas ao poder sensual e ao domínio sobre os desejos humanos. Como Pombagira, Padilha é retratada como uma mulher sedutora, que usa roupas sensuais, geralmente com saias vermelhas, e com uma personalidade forte e destemida.

O título de "Sete Saias" reflete seu poder e sua capacidade de transitar entre diferentes dimensões espirituais, cada saia representando um nível de atuação ou influência. Ela é conhecida por ajudar nas questões amorosas, especialmente em casos de traição, desamor ou quando há a necessidade de conquistar alguém. Suas saias simbolizam não apenas seu poder místico, mas também a multiplicidade de suas facetas.

Características e Culto

Padilha Sete Saias é vista como uma entidade protetora das mulheres, especialmente aquelas que sofreram injustiças ou que desejam reivindicar seu próprio poder. Ela é uma figura que desafia o estereótipo de submissão feminina, sendo muitas vezes invocada por pessoas que desejam ajuda para enfrentar desafios emocionais ou amorosos.

Nos cultos, é comum que sua oferenda inclua itens associados à sensualidade, como rosas vermelhas, velas, champanhe e perfumes. Ela também costuma ser associada ao luxo e ao glamour, reforçando sua imagem de uma mulher que aprecia a beleza e o prazer.

Simbologia

  • Cores: Geralmente, o vermelho e o preto são as cores associadas a Maria Padilha Sete Saias, representando paixão, força e mistério.
  • Símbolos: Suas oferendas podem incluir espelhos, batons, joias e outros itens de vaidade feminina, que refletem seu domínio sobre o amor e a sensualidade.
  • Poderes: Padilha é invocada para trazer proteção no amor, abrir caminhos, eliminar obstáculos emocionais e trazer prosperidade.

Em suma, a história de Maria Padilha Sete Saias é uma fusão entre lendas históricas e o sincretismo religioso brasileiro, representando uma entidade feminina de grande poder espiritual, que auxilia especialmente em questões ligadas ao amor e ao empoderamento pessoal.


 

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